Como funcionam as caixas de dupla embraiagem?
As caixas de dupla embraiagem parecem fazer as delícias dos condutores, têm na sua origem a função de reduzir consumos e emissões, sem prejudicar o conforto da condução, típico de uma caixa automática.
Em 2003 o primeiro veículo que foi equipado com uma caixa de dupla em embraiagem foi o Volkswagen Golf R32. Graças às suas inúmeras vantagens foi aplicada em muitos outros modelos depois disso.
Princípio básico de funcionamento da caixa de dupla embraiagem
A ideia base deste tipo de caixa é simples em teoria, isto é, a caixa esta dividida em duas subcaixas, que se encontram associadas à sua própria embraiagem. Uma das subcaixas tem as mudanças pares a outra embraiagem tem as mudanças ímpares.
Durante a circulação há sempre uma subcaixa ativa, enquanto a outra tem pré-selecionada a seguinte mudança, caso se encontre em aceleração uma mudança acima ou em travagem a mudança abaixo.
Uma vez que nesta fase as duas embraiagens fecham e abrem-se em simultâneo, o binário de rotação é transmitido de forma fluida de uma subcaixa para a outra. Por conseguinte, a aplicação de mudanças é realizada sem que a força de tração seja interrompida.
A aplicação e a seleção das mudanças são realizadas de forma automática e o condutor praticamente não se apercebe.
Quais as vantagens e desvantagens?
Uma caixa de dupla embraiagem apresenta as seguintes principais vantagens:
– Melhor rendimento energético (até 15%) face a uma caixa automática convencional e até sobre algumas caixas manuais, logo menor consumo de combustível e emissões poluentes;
– Passagens de velocidades muito mais rápidas (0.6s em média) e maior suavidade, logo maior conforto de condução;
– Entrega de binário às rodas imediato entre passagens de mudanças, logo acelerações mais rápidas.
E como desvantagens:
– Custo mais elevado face ao de uma caixa manual;
– Manutenção (óleo específico e respetivo filtro a substituir);
– Fiabilidade dado estar também sujeita eletrónica e a software;